== História ==
A fita original foi criada em [[1809]], tendo desaparecido no início da [[década de 1950]]. Conhecida como ''medida do Bonfim'', o seu nome devia-se ao fato de que media exatos 47 [[centímetro]]s de [[comprimento]], a medida do [[braço]] direito da [[estátua]] de [[Jesus Cristo]], [[Senhor do Bonfim]], postada no [[altar]]-mor da [[igreja]] mais famosa da Bahia. A imagem foi esculpida em [[Setúbal]], em [[Portugal]], no [[século XVIII]]. A "''medida''" era confeccionada em [[seda]], com o desenho e o nome do santo [[bordado]]s à mão e o acabamento feito em tinta dourada ou prateada. Era usada no [[pescoço]] como um [[colar]], no qual se penduravam [[medalha]]s e santinhos, funcionando como uma moeda de troca: ao pagar uma promessa, o fiel carregava uma foto ou uma pequena escultura de [[cera]] representando a parte do corpo curada com o auxílio do santo ([[ex-voto]]). Como lembrança, adquiria uma dessas fitas, simbolizando a própria igreja.
Não se sabe quando a transição para a atual fita, de [[pulso]], ocorreu, sendo fato que em meados da [[década de 1960]] a nova fita já era comercializada nas ruas de [[Salvador (Bahia)|Salvador]], quando foi adotada pelos [[hippies]] baianos como parte de sua indumentária.
Alguns atribuem a criação da fita a [[Manuel Antônio da Silva Serva]].
Colorido
Vendida em diversas cores, a Fita do Senhor do Bonfim possui um lado que poucos conhecem: cada cor simboliza um Orixá. Verde escuro para Oxossi, azul claro para Iemanjá, Amarelo para Oxum… Seja qual for a cor, a fita possui uma representação simbólica, estética e espiritual típicas das raízes africanas da Bahia.
Os três pedidos
Na tradição popular, a fita do Senhor do Bonfim é enrolada no punho e fixada com três nós. A cada nó precede um pedido, realizado mentalmente, e que deve ser mantido em segredo até a fita se romper por desgaste natural.
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